O FUTURO DO PLANETA COM OS BIOCOMBUSTÍVEIS

 

Por: Kleber Becerra

 

Expertos presentes no encontro Clima Latino consideram que elaborar este produto afetará às comunidades da região.

 

 

O etanol[1] e mais biocombustíveis emergem como uma das alternativas para diminuir os danos ao planeta. Porem a realidade não resulta muito alentadora. Sua produção está rodeada de riscos como a emanação de contaminantes, diminuindo drasticamente a produção de produtos alimentícios e até uma espécie de escravidão dos agricultores.

 

Nisso concordam alguns expertos que participam no encontro Clima Latino e outros que avaliam a problemática. Inclusive, June Budhooram, representante da Convenção das Nações Unidas sobre o  Cambio Climático[2], reconheceu a necessidade  de que o tema deve ser discutido na Cume do Cambio Climático. Esta se realizará no Bali, Indonésia. O propósito é definir melhor os mecanismos de produção e seus usos.

 

Ao respeito, a conclusão do Clima Latino é que seus impactos possam mudar positiva ou negativamente dependendo do tipo de cultivo, a tecnologia e as particularidades de cada pais.

 

Coincidencialmente, funcionários da União Européia (UE) admitiram que a produção de biocumbustíveis possa contribuir à mudança climática antes que evitá-lo, sobre todo, si se destroem bosques ou se seca pântanos no processo. Para produzir os biocombustíveis se usam sementes, como milho, plantas como canha de açúcar e oleaginosas, como soja ou palma africana.

Neste sentido, as organizações defensoras da alimentação mundial concederam que isto encarecesse os custos dos produtos para o consumo humano. Ao nível latino-americano, Brasil tem uma experiência desde 1975. Por mais que  sua capacidade ainda não está para produzir todos os combustíveis, se não para  fazer mesclas com álcool.

 

 Segundo Gustavo Mezzer, assessor técnico do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, na atualidade o etanol representa ao redor do 25% do total do combustível consumido pelos veículos pequenos. “Isso reduz as emissões de gases”. No ano 2004 deu-se início outro programa para incentivar a pequenos produtores da matéria prima; oleaginosas e uma variedade de plantas, além de esterco de bovinos e ovinos. Esta produção de biodisel será utilizada pelos veículos pesados.

Porem o Brasil enfrenta problemas. Se calcula que o cultivo de soja tenha causado a deforestação de 21 milhões de hectáreas de bosques. Pior ainda frente à denuncias de que as grandes plantações de cana de açúcar para produzir etanol tenham incentivado uma espécie de escravidão de milhares de obreiros. Ao respeito, Mezzer argumentou que “...é um problema serie e que o Estado o combate mediante fiscalizações as plantações de cultivo para os pequenos produtores.

 
Equador, por meio do Ministério de Agricultura, deu marcha a um projeto para fortalecer os cultivos de palma africana. E isso preocupa a os setores ambientais, quenes temem que seja em deterioro dos poucos bosques nativos que ainda sobram no pais.

 

 O estúdio da EU sugere que os governos não entreguem incentivos fiscais a os combustíveis ou outras vantagens do tipo financeiro, se sua produção libera gases invernadeiros superiores à redução eventual de emissões, como conseqüência do seu uso em lugar de os combustíveis sólidos puros.

 

 

Ferran Tarradellas porta voz da Comissão sobre biocombustíveis da EU, sentenciou que “...os biocombuistíveis são neste momento a única fonte alternativa para o transporte, porem devem ser produzidos de forma sustentável...”.

 

 

PONTO DE VISTA: Acredito que é melhor não aventurar-se.

Osvaldo Canziani

Coprêmio Nobel da Paz

 


Quando se entra em processos de elaboração de biocombustíveis, por meio de madeiras e grãos, surgem problemas. Por exemplo, na produção de álcool, a través da cana de açúcar, bagaço  e uso de elementos químicos ao ar livre resultam muito contaminantes.

 

Num enfoque mais amplo: O presidente George W. Bush planteou que para o 2017, o 20% dos combustíveis sejam de biomassa. Porem a produção de istos resulta num perigo, já que para fazer álcool tem que se recorrer a grãos como o milho. Isso pode reduzir a produção de elementos alimentícios para as comunidades mais pobres. E há um impacto porque o preço do milho teve uma alta.

 

 Antes de lançar-se à aventura, Latino-américa deveria ver si esse aparente benefício é real. Não há que olhar meramente custos industriais, se não ambientais e sociais. Por exemplo, si se usam agro químicos para salvar as plantações, se mata aos agricultores.

 


Fonte: Diario El Comercio

 

 


REFERÊNCIAS

 

www.elcomercio.com.ec

www.concursoeducared.org

www.ecoportal.net

www.micit.go.cr/cooperacion_intl/bilateral_brasil.htm

 



[1] É um álcool líquido composto de carbono, hidrogêneo e oxigêneo que resulta da fermentação de açúcar ou de almidão convertido em açúcar, extraídos ambos da biomassa.

Também pode produzir-se a partir da celulosa contida principalmente nos desechos agrícolas, urbanos ou forestais.

Tem características de alto octano, porem baixo cetano. Um motor de ignição requer de injetores especiais e realzadores de ignição para fazer que o ETANOL se queime. Também se presta para ser misturado com gasolina para seu uso em motores de ignição por chispa.

È produzido pela fermentação de plantas de açúcar, nos Estados Unidos, tipicamente de milho e outros produtos de grão, em latino-américa principalmente de cana de açúcar.

Para seu uso comercial e industrial, sempre é desnaturalizado (ou seja, se adicionam pequenas quantidades de sustâncias nocivas) para evitar seu mal uso como bebida alcoólica.

 

[2] O objetivo do encontro, ao qual assistiram delegações de mais de 180 paises, é promover ações dos governos, sociedades civis e setores privados de acordo com o Protocolo de Kyoto (1997), o qual estabelece um limite as emissões de Gases de Efeito Invernadeiro.

 A recente ratificação por parte da Rússia do chamado “protocolo de Kyoto”, que procurta um compromisso internacional para mitigar os efeitos negativos do cambio climático mundial a través da redução de emissões de gases contaminantes, tem insuflado uma certa doses de otimismo a uma reunião das Nações Unidas, celebrada em dezembro do 2004  em Buenos Aires.